Barão de Congonhas

por André Candreva publicado 15/03/2018 17h15, última modificação 15/03/2018 17h15

Lucas Antônio Monteiro de Barros, filho de Manoel José Monteiro de Barros e de Maria Eufrasia da Cunha Matos, nasceu em Congonhas do Campo, Minas Gerais, em 13 de outubro de 1767.

Partiu para Portugal muito jovem, onde estudou o curso de Humanidades e formou-se em Leis pela Universidade de Coimbra, tendo-se matriculado em 1782.
 

A primeira nomeação que teve na Magistratura foi a de Juiz de Fora nas ilhas dos Açores.
 

Regressando ao Brasil, foi nomeado Ouvidor da comarca de Vila Rica, obteve as mercês de beca honorária e o hábito da Ordem de Cristo, em decretos de 13 de maio de 1808.
 

Em decreto de 29 de junho de 1808, foi nomeado Desembargador da Relação da Bahia, continuando no exercício de Ouvidor de Vila Rica.
 

Em decreto de 13 de maio de 1812, foi nomeado Intendente do Ouro da Corte.
 

Em decreto de 17 de dezembro de 1814, foi nomeado Desembargador da Casa da Suplicação, continuando no exercício de Intendente do Ouro.
 

Em 1819, obteve duas nomeações: Superintendente-Geral dos Contrabandos, em decreto de 12 de outubro, e Juiz Conservador da Companhia de Vinhos do Alto Douro, em decreto de 21 do referido mês.
 

Havendo sido criada, por alvará de 6 de fevereiro de 1821, a Relação de Pernambuco, foi ele nomeado, em decreto dessa data, Chanceler da mesma Relação.
 

No referido ano de 1821, foi nomeado Desembargador do Paço, em decreto de 26 de março, obtendo a comenda da Ordem de Cristo, por decreto desta última data, e o título do Conselho, em carta de 5 de abril seguinte.
 

Foi Deputado pela província de Minas Gerais às Cortes Portuguesas (1821-1822) e à Assembléia Constituinte (1823). D. Pedro I, em carta de 8 de julho de 1824, confirmou seu título do Conselho. Escolhido Senador pela província de São Paulo, em 22 de janeiro de 1826, tomou posse a 10 de maio seguinte. Foi o primeiro Presidente da província de São Paulo, cargo que exerceu de abril de 1824 a abril de 1827.
 

Exercendo o cargo presidencial, fundou uma biblioteca pública (1825), instituiu o Seminário da Glória, destinado à educação de meninas pobres, estabeleceu a roda dos expostos anexa à Santa Casa da Misericórdia (1825), restaurou o Jardim Público da Luz, deu impulso decisivo à estrada de Santos a Cubatão, que foi aberta ao público em 17 de fevereiro de 1827, e a outras obras de real merecimento.
 

Em decreto de 19 de outubro de 1828, foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, tomando posse a 9 de janeiro de 1829. Em decreto de 5 de janeiro de 1832, foi nomeado Presidente do mesmo tribunal, cargo que exerceu até ser aposentado por decreto de 3 março de 1842.
 

O Governo imperial concedeu-lhe os títulos de Barão, em decreto de 12 de outubro de 1825, Visconde, em decreto de 12 de outubro de 1826, e Visconde com grandeza, por decreto de 2 de junho de 1841.
 

O Visconde de Congonhas do Campo faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 10 de outubro de 1851, sendo sepultado no Cemitério da Ordem de São Francisco de Paula, em Catumbi.