Câmara adota medidas para redução de custos

por André Candreva publicado 05/01/2017 00h00, última modificação 28/05/2018 12h42

Os trabalhos do legislativo municipal em 2017 começaram com plenário lotado e uma discussão acalorada entre os vereadores sobre o projeto que permitiu alterações na estrutura do plano de cargos e carreiras da Casa Legislativa de Congonhas.

Na primeira reunião extraordinária do ano, realizada nesta terça-feira (3), os vereadores que tomaram posse no último domingo aprovaram, em regime de urgência, por dez votos favoráveis e um contra, o projeto de lei 001/2017 que extinguiu os cargos comissionados de Assessor Especial da Presidência do Legislativo, Diretor do Centro de Apoio ao Cidadão (CAC) e Gerente de Patrimônio da Câmara.

O projeto permitiu, ainda, a criação outras cinco vagas para o cargo de Assistente Técnico com salários menores e a redução de 5% nos salários de todos os cargos da Mesa Diretora.

De acordo com o presidente da Câmara, vereador Adivar Geraldo Barbosa (PSDB), a medida visa gerar mais economia para os cofres públicos e não gerará nenhum custo adicional para a Casa. “Só neste ano nós economizaremos R$39.683,00 com essas medidas e ainda permitiremos a criação de outros cinco cargos com salário de 1.387,00 que, com os demais benefícios, como o cartão alimentação e plano de saúde, configura-se num salário razoável. E permitiremos assim que a estrutura da Câmara funcione melhor”.

Além da economia e a geração de mais vagas de trabalho, o vereador Adivar explicou os motivos para extinção dos três chamados cargos de alto escalão citando o exemplo do CAC. “Não se justifica gastar quase 5.900 reais com salário e encargos sociais com uma diretora para tomar conta de duas funcionárias. É por isso que eu estou acabando com este cargo”.

O vereador continuou seu discurso salientando a necessidade das medidas adotadas. “Não vim pra essa casa fazer demagogia, mas expor para a população de Congonhas essas situações que ocorreram no passado. E é com atitudes como esta de redução de custos que nós, através de uma política séria, temos que começar a resolver a situação deste país”, frisou o parlamentar.

De acordo com dados da estimativa de impactos financeiro do projeto mencionados pelo presidente Adivar durante a reunião, a expectativa é de uma economia de mais de 170 mil reais durante os próximos quatro anos, tendo em vista os reajustes anuais previstos pela lei.

Durante as discussões, vários vereadores comentaram sobre a proposta de lei. O vereador Pastor Evandro Alves (PSC), que votou contra o projeto criticou o regime de urgência de tramitação da matéria. “O projeto pode ser até bom. E poderia até aumentar ainda mais o número de cargos, uma vez que vai sobrar dinheiro e temos muitos desempregados. Mas sou contrario a ele porque nós tínhamos que deixá-lo tramitar normalmente nas comissões”, concluiu o parlamentar.

Reinaldo da Silva/ Assessoria de Imprensa/CMC
(Reprodução do texto autorizada mediante citação da fonte Câmara Municipal)