Economia de países em desenvolvimento vai crescer mais do que a dos ricos

por André Candreva publicado 26/03/2018 14h52, última modificação 26/03/2018 14h52

O Brasil venceu, mas não sozinho, a primeira prova de fogo da globalização: a crise econômica que, desde setembro de 2008, toma conta do mundo. Além de emergentes asiáticos como China e Índia, cujas economias atravessaram a turbulência com resultados muito mais vistosos do que a brasileira, Peru, Bolívia e Chile, nossos vizinhos de América Latina, também ganham força renovada. Em 2010, com o fôlego de quem acaba de dar a volta por cima, juntas, as economias das nações em desenvolvimento vão crescer quatro vezes mais do que as do mundo desenvolvido. Esse avanço será multiplicado por três nos próximos cinco anos. Segundo as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), em média, os emergentes crescerão 5,1% este ano, ante um esquálido avanço de 1,3% nos países ricos.

Ásia, capitaneada por China e Índia e, agora, a América Latina, liderada pelo Brasil – o continente deverá crescer 4,1% em 2010, segundo projeção da Comissão Econômica para América Latina e para o Caribe (Cepal) –, são protagonistas de um movimento que está deslocando progressivamente o centro nervoso da economia global para o lado dos emergentes. "O gap (diferença) de crescimento entre emergentes e desenvolvidos não só existe como está aumentando e vai aumentar ainda mais. É uma boca de jacaré", avalia o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luiz Afonso Lima. Para os latinoamericanos, isso significa redução da pobreza, mais qualidade de vida e diminuição da desigualdade.

Fonte: Estaminas