Infestação do mosquito da dengue tem nível médio em Congonhas

por André Candreva publicado 26/03/2018 21h20, última modificação 26/03/2018 21h20

Fonte: Secom

 

O setor de Controle de Endemias de Congonhas acaba de realizar o mapeamento rápido dos índices de infestação por Aedes aegypti, o LIRAa. Os dados analisados colocam o município em situação de médio risco de surto de Dengue. Este levantamento é feito em todo pais por recomendação do Ministério da Saúde.

 

O LIRAa é realizado pelos agentes de combate a endemias. Cerca de 1mil residências de diferentes áreas do município foram visitadas para investigação dos focos de infestação e levantamento dos criadouros predominantes. Com base nesses dados, é definido o Índice de Infestação Predial que possibilita a intensificação das ações de combate à dengue nos locais com maior presença do mosquito Aedes aegypti.

 

O índice de infestação do mosquito registrado em Congonhas foi de 3,1%, que é considerado de médio risco de surto de dengue, segundo o Ministério da Saúde. Estão em condições satisfatórias localidades com índices menores que 1%. As que apresentam percentual superior a 4% encontram-se em risco iminente de surto de dengue.

 

Segundo Paulo Marques, supervisor de Controle de Endemias em Congonhas, os criadouros predominantes do mosquito são tambores, caixas de água e demais recipientes abertos. Muitos moradores estão estocando água em casa. A grande preocupação é que eles costumam deixar os recipientes destampados, o que facilita o desenvolvimento da larva do mosquito. As pessoas devem vedar esses locais com telas, pois o mosquito pode entrar por pequenas frestas. Tampar superficialmente não adianta, explica. Paulo também alerta para outro perigo, os lotes vagos que são usados como depósito de lixo, que é também local favorável à proliferação do mosquito da dengue.

 

Segundo dados do setor de Epidemiologia da Secretaria de Saúde, atualmente estão registrados 25 casosde suspeita de dengue no município, com quatro casos confirmados.

 

Além do trabalho de prevenção realizado pelos agentes, quando acontece um caso de suspeita da doença a equipe realiza uma ação chamada bloqueio de transmissão. Com uma bomba é borrifado um componente para matar mosquitos adultos ao redor de 300 metros da residência do morador com a suspeita da doença. No município, existe ainda o Comitê Municipal de Combate à Dengue, que é um conselho formado por membros de todas as secretarias municipais, membros da sociedade civil e organizações não governamentais, como a Copasa, Polícia Militar e Hospital Bom Jesus. O grupo se reúne para discutir novas estratégias de combate à doença. 

 

Paulo Marques, que também é presidente do Comitê Municipal de Combate à Dengue, explica que muitas pessoas ainda não estão recebendo os agentes em casa. Cerca de 30% das residências não estão sendo vistoriadas, por não ter ninguém na hora da visita ou porque os moradores não aceitam receber o agente. É muito importante receber a visita desses profissionais. Pedimos que a população que é uma necessidade dela mesmo recebê-los.

 

Febre Chikungunya

 

Doença também transmitida pelo Aedes, a Febre Chikungunya causa dores fortes nas articulações que podem se estender por mais de um ano. Nenhum caso de suspeita de Chikungunya foi registrado na cidade.