Pastor Evandro e Eduardo Matosinhos discutem alteração de projeto de lei sobre o evento “Grande Sermão da Montanha

por André Candreva publicado 27/03/2018 07h07, última modificação 27/03/2018 07h07

A alteração da lei 2.314/2001 que dispõe sobre a inclusão do evento “O Grande Sermão da Montanha”, no calendário oficial do município, foi tema de um debate entre os vereadores Pastor Evandro Alves (PSC) e Eduardo Cordeiro Matosinhos (PSL) na Câmara Municipal de Congonhas.

Em outubro do ano passado, foi aprovado pelo plenário do legislativo o projeto de lei 077/2016 apresentando por Eduardo Matosinhos e o ex-vereador Antônio Eládio Duarte que retirou do texto original da lei, a responsabilidade de organização do evento pela Igreja do Evangelho Quadrangular. Pelo texto atualizado sancionado no final do ano pelo prefeito, o Grande Sermão da Montanha poderá ser promovido pelas “igrejas evangélicas de Congonhas”.

Evandro Alves questionou a retirada do nome da Igreja Quadrangular do projeto. Para ele a proposta foi boa, porém mal discutida, pois em seu ponto de vista, era necessário consultar a opinião de pelo menos outros três líderes religiosos.

Na avaliação do parlamentar, a responsabilidade pela realização do evento ficou vaga. Argumentando que o evento “O Grande Sermão da Montanha” é organizado em todo Brasil exclusivamente pela Igreja do Evangelho Quadrangular, da qual ele faz parte como líder religioso, Evandro Alves sugeriu que a alteração propusesse que a responsabilidade pela promoção de um evento tão grande como esse fosse feita por uma “comissão de pastores”, haja vista os altos custos do evento.

O vereador informou que a partir de fevereiro vai reanalisar o projeto e lamentou não ter sido consultado durante a tramitação da proposta, pelo fato de ser um dos interessados pela matéria. “Se fosse proposto um requerimento mudando o Jubileu do Bom Jesus do dia 14 para o dia 30 de setembro, será que ele seria aprovado sem ouvir o padre ou outras autoridades da Igreja Católica?”, questionou o vereador.

RESPOSTA AOS COMENTÁRIOS

O vereador Eduardo Matosinhos, que assinou o projeto de alteração da lei no ano passado, rebateu os comentários do colega parlamentar dizendo jamais ter atentado contra quaisquer igrejas.

Para Eduardo, as alterações tiveram como objetivo evitar distinções e segregações e não causam prejuízos a quaisquer interessados. “Fomos acionados a mudar o projeto por haver um erro jurídico na matéria, pois havia sido criada uma lei citando e designando unicamente a Igreja do Evangelho Quadrangular para promover um evento que está no calendário municipal”, comentou Matosinhos.

O parlamentar informou ainda, que votará favoravelmente a qualquer alteração na lei do Grande Sermão da Montanha desde que haja perfeição jurídica na matéria. “Melhore o projeto e havendo legalidade eu jamais atentarei contra um evento desta grandiosidade e importância para nossa cidade”, concluiu Eduardo Matosinhos.

Reinaldo da Silva
Assessoria de Imprensa e Comunicação da Câmara Municipal de Congonhas

(Reprodução do texto autorizada mediante citação da fonte Câmara Municipal/Reinaldo Silva)