Preços de carne bovina e energia elétrica apertam o orçamento das famílias brasileiras

por André Candreva publicado 26/03/2018 20h25, última modificação 26/03/2018 20h25

 

Fonte: Grifon

 
 
O consumidor brasileiro está sentindo no bolso o aumento do preço de carnes bovinas. Isso porque o item ficou 2,81% mais caro no mês de setembro e foi uma das principais contribuições para a disparada do Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1). Após estabilidade em agosto, o índice subiu 0,46% no mês passado. A medição é feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e leva em conta a inflação percebida entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.
 
Com a subida do preço das carnes, o grupo Alimentação saiu de uma deflação de 0,03% em agosto para alta de 0,49% em setembro. Algo semelhante aconteceu com o preço do frango inteiro, que subiu 3,40%. Entretanto, outros itens como o tomate, a batata-inglesa e o óleo de soja ficaram mais baratos.
 
Outro fator que também apertou o orçamento das famílias de baixa renda foi a alta de 2,79% nas tarifas de energia elétrica por todo o Brasil. A medida foi anunciada em setembro e levou o grupo Habitação de 0,23% para 0,70% na passagem do mês.
 
Mais aumentos
Além disso, outros cinco grupos ganharam força entre agosto e setembro: Transportes (-0,25% para 0,41%), diante de uma alta de 0,36% nas tarifas de ônibus urbano; Saúde e Cuidados Pessoais (0,20% para 0,42%), com a alta de 0,33% nos medicamentos; Comunicação (-0,93% para 0,03%), após queda menos intensa da tarifa de telefone residencial (-1,97% para -0,81%). Vestuário (-0,48% para -0,11%), com as roupas 0,09% mais caras; e Educação, Leitura e Recreação (0,38% para 0,48%), diante do aumento de 2,75% nos shows musicais.
 
Na contramão, desacelerou apenas o grupo Despesas Diversas (0,12% para 0,06%), com uma alta menos intensa no item clínica veterinária (1,55% para 1,10%).