Vá antes que acabe Conheça os destinos que podem desaparecer do mapa

por André Candreva publicado 26/03/2018 15h57, última modificação 26/03/2018 15h57

Com tantas mudanças ocorrendo em nosso planeta, viajar para alguns lugares do mundo pode estar com os seus dias contados, pois as mudanças climáticas podem alterar ou até mesmo eliminar cenários incríveis. Por esse motivo, que tal arrumar as malas e começar a conhecer já os destinos que podem deixar de existir ainda nesse século, como Veneza e Machu Picchu.

Veneza é uma cidade italiana da região do Vêneto, província de Veneza no nordeste de Itália. É classificada como Património da Humanidade pela UNESCO. Dos muitos monumentos e locais turísticos existentes, destacam-se a imponente Basílica de São Marcos, na adjacente Praça de São Marcos, a famosa Ponte de Rialto sobre o Grande Canal e numerosas igrejas e museus. Veneza é mundialmente famosa pelos seus canais. A cidade foi construída sobre um arquipélago de 118 ilhas formadas por cerca de 150 canais numa lagoa rasa. As ilhas em que a cidade é construída são ligadas por cerca de 400 pontes. No velho centro, os canais servem a função de estradas, e de qualquer forma de transporte sobre a água ou a pé.

Mas, a cidade está afundando, e o nível do mar, por vários motivos, entre eles o aquecimento global, subindo. Veneza afunda 0,4 milímetro por ano. Mas o grande problema é que o nível do mar Adriático subiu 1,4 milímetro por ano no último século. Há relatos que calculam em 13 centímetros o tanto que a cidade já afundou desde 1900. A tradicional praça São Marcos já inundou centenas de vezes. A água penetra nas casas pelas tubulações de esgoto e corrói paredes que não foram preparadas para ficar molhadas.

Reprodução de internet - http://www.sacredsites.com
Machu Picchu significa "velha montanha", e é também conhecida como a "cidade perdida dos Incas". É uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2.400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas. Pela obra humana e pela localização geográfica, Machu Picchu é considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Mas, segundo a revista científica "New Scientist", as ruínas incas de Machu Pichu no Peru, poderão ser destruídas a qualquer momento por deslizamentos de terra. De acordo com geólogos japoneses que tem monitorado o local, o declive na parte posterior do sítio arqueológico está recuando cerca de 1 cm por mês. Os japoneses dizem acreditar que o deslocamento de terra e rochas poderia destruir Machu Pichu totalmente. Os pesquisadores calculam que poderá haver uma movimentação de terra de até 100 m de profundidade estão procurando um meio de preservar as ruínas, que atraem cerca de mil turistas por dia. Algumas edificações já foram danificadas por desabamentos. A pesquisa verificou que pequenos deslizamentos e distorções no solo já causaram danos às antigas estruturas incas.