Vereadores aprovam criação da Semana Municipal de Prevenção ao Câncer de Boca. País registra 15 mil novos casos por ano.

A Câmara de Congonhas aprovou, nesta semana, o Projeto de Lei 83/2025, de autoria do vereador Dr. Gilmar Seabra (PV), que inclui no calendário oficial do município a Semana de Prevenção e Combate ao Câncer de Boca, a ser realizada anualmente na primeira semana de novembro.

Pela proposta, a nova legislação prevê ações educativas, campanhas de conscientização, palestras, oferta de exames gratuitos de triagem, distribuição de materiais informativos e capacitação de profissionais da saúde. O objetivo é reforçar a prevenção, estimular hábitos saudáveis e ampliar o diagnóstico precoce da doença, que tem alta taxa de cura quando identificada nos estágios iniciais.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), apesar de pouco conhecida, é o oitavo câncer mais frequente no Brasil, sendo mais prevalente entre os homens com cerca de de 15 mil novos casos por ano. Estudos apontam que cerca de 70% dos casos são identificados em estágios avançados da doença, o que reduz as chances de cura.

O consumo de cigarro e álcool são os principais fatores de risco para desenvolvimento da doença, além da infecção pelo HPV, exposição excessiva ao sol (principalmente para o câncer de lábio), idade avançada, hábitos alimentares desequilibrados e  imunossupressão. Os especialistas orientam que os pacientes devem procurar um cirurgião-dentista ao menor sinal de alteração na cavidade oral.

O autor do projeto ressaltou os fatores de risco e a importância de se detectar a doença o mais rápido possível. “O diagnóstico precoce é um fator crucial que aumenta significativamente as chances de cura, além de reduzir o impacto estético, funcional e social na vida do indivíduo. Os principais fatores de risco, como tabagismo, consumo excessivo de álcool, higiene bucal inadequada e exposição solar sem proteção labial, podem ser prevenidos por meio de campanhas educativas eficazes. E a criação da desta semana especial visa, portanto, articular ações de prevenção, triagem e diagnóstico precoce”, frisou o parlamentar.

O projeto de lei seguiu para sanção do prefeito.